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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fins...

Solidão que arde, que queima, que desespera. Nenhuma dessas cores e nenhum desses sons são capazes de substituir a presença de... de quem for. Innocenza sofreu de amor, e todas as suas dores foram curadas por outras. Ninguém não tem dor, é nossa fase mais pura, é o trajeto eterno e contínuo da vida. O frio era tão forte, Innocenza estava enrolada em um cobertor, na sala de estar de Vladmir. Ah, que tristeza foi, a pobre Innocenza sentiu-se como o sonhador das noites brancas de Dostoievski. – nunca senti saudades de ninguém como sinto de Ella. – exclamou Vladmir. E mais uma vez Innocenza conheceu a morte, e cantou em tom baixo:

Madrigal das noites de inverno


Perdida estou, no Sul, no vento frio
Com a boca amarga e mãos atadas
Tentando ouvir passar o rio

Dentro de mim existe solidão
Correndo em minhas veias
Misturada com meu sangue
Sangue frouxo em veias fracas

Oh interminável silêncio
Que abriga minh’alma
Vem, contigo, a dor
De estar desolada
Triste e calada
Nesse salão vazio
Onde ocorre um baile de máscaras
Onde existem baratas e traças
Debaixo do tapete vermelho

Nov/2009 e Julho/2010

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Difícil desvendar a vida, a particularidade que ela tem... ah, donde vem essa dor? Donde vem essa tristeza? Sinto-me assaz sozinha no mundo.

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