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terça-feira, 20 de julho de 2010

doenças de inverno

Mais duvidas que certezas, mais erros que acertos. Meus pensamentos vagando em imperiais castelos nebulosos, minhas lágrimas... não sei ao certo porquê caem, só caem. Construo e destruo realidades, invento. Ainda é inverno, não agüento mais a combinação mórbida de frio e solidão, de uma vida que pulsa discretamente, quase invisível. Talvéz já saiba: não sei o que quero, as vezes eu quero mesmo é nada querer.
Hoje fiquei doente, e aqui, na terra de pinhas e pinhões, a doença no inverno é quase insuportável. Fiquei doente e fiquei carente, andei pelas ruas: nunca sem rumo. Carente, tomei café da tarde, sozinha, li, sozinha, gozei febre, sozinha. Relacionei fatos a fotos e envelheci meu pensamento, um pouco. Desejei e consequentemente duvidei de mim, de nós, da vida. Pensei, como antes já ocorrera, que pareço uma dessas pessoas que morre aos 27, espero que não, quero ter o prazer de descrever a vida na velhice. Ou a sorte. Ou o fardo.
Carente do que nunca aconteceu, do abstrato, do imaginário: de amor.
Doente de gripe, e do coração.

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