Mais duvidas que certezas, mais erros que acertos. Meus pensamentos vagando em imperiais castelos nebulosos, minhas lágrimas... não sei ao certo porquê caem, só caem. Construo e destruo realidades, invento. Ainda é inverno, não agüento mais a combinação mórbida de frio e solidão, de uma vida que pulsa discretamente, quase invisível. Talvéz já saiba: não sei o que quero, as vezes eu quero mesmo é nada querer.
Hoje fiquei doente, e aqui, na terra de pinhas e pinhões, a doença no inverno é quase insuportável. Fiquei doente e fiquei carente, andei pelas ruas: nunca sem rumo. Carente, tomei café da tarde, sozinha, li, sozinha, gozei febre, sozinha. Relacionei fatos a fotos e envelheci meu pensamento, um pouco. Desejei e consequentemente duvidei de mim, de nós, da vida. Pensei, como antes já ocorrera, que pareço uma dessas pessoas que morre aos 27, espero que não, quero ter o prazer de descrever a vida na velhice. Ou a sorte. Ou o fardo.
Carente do que nunca aconteceu, do abstrato, do imaginário: de amor.
Doente de gripe, e do coração.
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