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sábado, 30 de abril de 2011

Poema Horrível

Minhas mãos são tão frias sempre, e agora, ah.. estou me sentindo muito muito mal. Nunca estou a mercê do ócio Ao contrário de há alguns anos Meus ombros carregam uma carga de problemas Perdi as asas chamadas poemas Faz tempo que meus olhos não refletem Em meu coração, amor, beleza e pureza Sinto uma dor intensa na cabeça e quase morrendo: respiro Me retiro, com licença. Estou me sentindo muito muito mal Meu coração quando chora, chora mesmo Quando grita: berra um poema horrível. Talvéz seja isso que tem me deixado assim tão mal

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estou longe

A solidão pousou
um rasante no meu peito
Tão levemente que o frio
por meu coração foi eleito

Penso em abraçar alguém
mas não tem jeito

O vento me levou pra longe
e o que representa meu leito
É uma nuvem a vagar

Sozinha no céu.

em 26/04/11

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Há subjetividade aqui

“Laços frágeis!” - foi o primeiro grito da torcida de uma pessoa só.

De outro lado:

Vice-versa.

Como dizer que não há guerra? Sou, não sou. Quero, não quero. Quero isso, quero aquilo. – O que determina?

Segredo publicado:

Há subjetividade aqui.
E esse , é intencional

..domingo

..7h30 da manhã, Innocenza parada no ponto de ônibus, os sinos badalando deixam o céu mais cinza e o frio a deixa mais viva, ma(i)s só. Ainda a pouco ela negou todo tipo de religião.

Para Deus, Innocenza disse:

- Não!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Carta de Innocenza, remetida a Vladimir e a Ella Desoir, depois de um encontro frustrado.

A carta nunca chegou...


Vida vulgar que te mantém imóvel no canto
Envolto num falso amor e nas falsas verdades
Aconchega-te nessa falsidade, como se fosse um manto

Esse manto é o manto da morte! Tenho dito.

Existes como existe as peças de porcelana
Um acessório a mercê da poeira
Esquecido nos primeiros dias da semana

Funciona esteticamente descartável. Que pena!


Tens uma vida cheia: cheia de nada
E ainda anda nas ruas como quem tem pressa
Mas a pressa é de uma consciência violada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quando eu descobri ser triste

Quando eu descobri ser triste em minha profunda essência descobri também que já tinha descoberto isso algumas vezes, mas nunca imaginei ser essência. Meu sorriso expressa apenas lapsos de qualquer coisa que socialmente me é pedido, mas quando eu sorrio, sorrio e mais nada, continuo oca, vazia e fria: triste, sem pretensões de deixar de ser triste. Quando estou sozinha, e olho profundamente meus olhos no espelho, consigo sentir a imensidão de um ser que vive por conveniência, que vive para coisas e coisas que não tem nenhuma relação com fazer-me bem ou fazer-me mal... nem bem e nem mal, e os dois ao mesmo tempo. Hoje estive pensando sobre como estou sozinha, sozinha. Ando nas ruas, ocupo meus dias e minha vida, e faço tudo sozinha. Sem deus, sem amor, eu inteira... não tem metade para mim, nem pra ninguém, eu só descobri e aceitei. Ando de preto, ando carregada de livros, ando pensando no planeta, nas pessoas, no poder, só não ando pensando em você, nem em você, quem dirá em você. Tenho amigos e tenho inimigos: mas aqui dentro, não tenho ninguém. Entendo o mundo como o diabo entende do inferno, na minha vida, só sinto falta de não ser sozinha no inverno.

sexta-feira, 1 de abril de 2011