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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

No passado eu pensei

Precede-me um sorriso iluminado,
Que, guardado em qualquer dia do passado,
Enche-me os olhos de vontades.
Precede-me uma liberdade suave,
Expressa na busca de qualquer fato que me salve.
Um grito pousa em mim,
E vem daquelas vontades.
Sucede-me um olhar apaixonado
E a morte do efêmero
Caminhar calejado e vigiado.
Livrar-me-ei, que sei!
Serei gota
pura.




terça-feira, 25 de outubro de 2011

Do amor ii

Não consigo dar um só passo sem recordar

O compasso da tua pulsação.

Ocupo-me dias e noites, desejando-te perto,

Muito perto: essência e respiração.

Sinto o extremo de qualquer coisa,

E a profunda aflição, de quando

O mundo diz que não!

Aí chove e chove, e o ar frio chega:

Mãos procurando mãos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Senti você me abraçar no vento

Senti você me abraçar no vento, num ritmo

Tão suave que desfolhou toda saudade

Da árvore do tempo. Entristeci de repente.

O vento trouxe um ar frio e úmido

Que veio lá donde se encontra teu olhar único

E singular essência. Deu-me tanto frio.

Vi no vento sua expressão mais bela.

E senti tudo! Agora só vejo a chuva

Pela janela, e nela, nosso amor.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Essa noite quase nem dormi direito,

Ficou preso em meu peito teu sorriso único de ontem à noite.

Só pensar na distância, vem-me a boca,

A ânsia de beijar seu beijo e a saudade de ontem à noite.

Volte logo!

domingo, 2 de outubro de 2011

Canções...

Algumas canções projetam minha alma até lugares que morreram um dia no meu passado. Consigo ressuscitar pessoas, copos de vinhos y sentimientos. Algumas canções trazem aos meus olhos uma maré conturbada de fatos e casos quaisquer que hoje nada mais são que absurdos educativos. Algumas canções acariciam meu coração machucado, mas nenhuma o machuca. O que morreu no passado pode ser somente semi-ressuscitado, pois dizem os médicos, os psiquiatras e os psico-ativos: – livrem-se das dores invisíveis para que elas não se tornem visíveis. Algumas canções ecoam em meu coração a doçura do castanho olhar a me olhar olhando a lua... Da lua, ah!, eis que sempre teima em refletir em minha face uma lágrima contemplatória de toda magia natural que muitos olhos não conseguem ver. Algumas canções jamais tocaram novamente, ainda que toquem e que eu as escute. Algumas canções fazem-me pensar que nunca jamais findará a sensação surreal dos incensos de jasmim que queimaram tantas vezes ao som de Love of my life. Outras canções certificam-me de que a invisibilidade não fere, e nem cura: De que eu não pretendo nunca apagar seu incenso de canela e nem suas divagações astrais de um passado que eu temo. Que todos sintam isso! Amém.