Lado A, lado B...
Tira a máscara
Para podermos ver
Quem sente a dor
Do outro é o lado A
Lado B nada sente
Se você morrer
- Innocenza grita:
Inexistente bondade humana
Homem Esfinge:
Finge que sente
Mas não sente nada
Que não seus interesses
- seus interesses -
Dá risada, esfinge!
Ri do sangue que escorre
Na valeta fedida de tua...
Alma?
- agora eu digo:
Nem tu escapas, Innocenza!
Aviso do Diabo Ocidental:
Também pudera – diz ele – nessas águas turvas egoísmo é corpo flutuante, salve-se quem puder.
(continua)
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Monólogo espectral
Confesso-te: Passam as horas, inúmeras, rasantes em minhas memórias – as ocultas e as racionais. (De)Formam para reconstruir-me, incessantemente. E aqui dentro de mim habitam monstros assombrosos e margaridas umedecidas pelo orvalho, o nada de tudo e o oposto do contrário do normal. Saio daqui, paro no mesmo ensaio, com cenários e atores diferentes: teatro de máscaras e performances retroativas, tudo em antagonismo a mim, e eu protagonizando a vida – oh curada ferida, matou-me para só então, em escuro selim, incendiar-me de... vida . Desgraça cheia de graça é, e tu sabes, o espetáculo humano. Apago a vela, acendo a luz e respiro fundo, ofereço-te água e bom fumo. Senta-te que narrarei “Os escritos da epístola inexistente”,
(...)
(...)
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Quem és?
Diz-me de uma ver por todas quem és tu: Sei muito bem, caro vanguardista, que és nada mais que uma continuidade de tua produção material e que, agora, cabe a ti optar em sujeitar-te a tua condição, reponsabilizando-te por mudanças, sim, tu és sujeito histórico, basta conscientizar-te. Ou cabe a ti reproduzir o sistema que te produziu.
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