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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um grito dentro dela

O dia amanheceu chuvoso,e todas as gotas simbolizavam as lágrimas que nunca cairiam, por serem absolutamente dispensáveis. Innocenza procurou não relacionar a tristeza de sua cultura com a tristeza que estava sentindo.... tristeza é muito relativo, e nesses momentos nada poderia descrever aquilo que ela pensou ser tristeza. Todas as fissuras no prato de porcelana estavam pulsando a comida que antes comportava: cicatrizes definitivamente curadas, mas ainda cicatrizes. Naquela tarde Innocenza acreditou, acreditou tão fortemente que, ao perceber o equivoco, neutralizou seu pensamento, depois do choque espiritual. A coisa em si é a loucura e a benção de saber que qualquer desenho feito na beira do mar será passageiro, ainda que intenso, e que tudo não passa de invenções e defesas de mentes pensantes com largas ou estreitas preferências: que tudo não passa de um absurdo.

sábado, 13 de novembro de 2010

Poesia eterna

Nada tenho de nostalgica

Posso ouvir qualquer música, que será como a primeira vez.

Não quero compartilhar tamanha insensatez,

De ser como fui há poucos anos:

Minguado poço, secando uma gota de cada vez.


(...)

domingo, 7 de novembro de 2010

A vontade "desmancha no ar"....

sou eu! aqui! revolucionando todos os fatos e atos falhos,
inevitavelmente falhos. Eu posso não fumar, ah...
doce movimento do ar. Sem pecados,
pois nada é profanado nem sacramentado.

- ao menos não deveria ser -

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Oh charme!

Dia após dia, a cada passo e a cada espera Innocenza sente os rituais dialéticos: constantemente e sem fim, por toda sua vida; tão doces e marrentos de amargar a alma - A busca por palavras é fato nada raro: - Innocenza exclama: as vezes tenho medo de me mecher, de tão charmosa que sou, mas quando quero ser, não sou!



Imagem: colhe todos os frutos que lhe são ofertados...
Homenagem a André Gide