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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Viola vermelha

Poderia pousar no coração do Brasil
Sob a harmonia do Sol e dos Rios
Degustando o azedume das silvestres
E o açúcar natural da jaca.
O banco e a jaca, o sono que desperta
O desejo de deleitar Brasil, jaca e viola.
Vontade do amanhecer cresce. Fortalece
O desejo de tomar por assalto
Os prazeres dispersos em complexos
Fluxos fugazes e fatos controversos.
Fico verso quando ouço o coro
Rouco de um Brasil Calabouço.
Anúncio da ruptura do mulato trabalhador:
Tropical leninismo que a viola rearranja.
E por trás brilha um céu laranja, que aos poucos
Vai ficando vermelho..