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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Da pureza que não existe

No claro do dia pensei ser verdade uma grande mentira
Inventei um mundo em meus pensamentos
Mas esse mundo é destruído pela realidade e sua ira
Um sonho pode ser uma falácia, pode ser um pesadelo
Mas um sonho sempre escorre de meus olhos
Na forma de uma lágrima, que carrega consigo
Cicatrizes de uma vida discretamente sofrida
Um sonho existe, mas por que se repete o mesmo pesadelo?
Penso em correr bravamente pelo planeta afora.
Penso em morrer silenciosamente nas entranhas da vida
Penso na solidão, na vida e no amor. Já não sei de mais nada.
Apenas a certeza de que eu mesma me acompanho
Durante toda minha ínfima existência.
As madrigais das baladas jazzistas e o copo de vinho
Simbolizam apenas uma fuga, um esconderijo.
Mais nada!
Não sei se algum dia encontrarei as verdades que
Acredito fielmente existirem, até então, não existem
Nada existe!
Somente o que existe sou eu invisível, parada tristemente
Num canto frio, de uma sala fria.

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