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terça-feira, 11 de maio de 2010

Ciclo

nada a declarar... me esqueci por aí, dobrei a esquina e me perdi! O pedaço que aqui está já está se despedindo; as visitas são muito rápidas - só sente o vento frio tocando o ombro, só ouve os pequenos ruídos da noite, a música é o resgate que me vem.

Aquela coisa, como delirar frente a uma lareira, vodka aah, doces sonhos. Não preciso de comida, não preciso de água, muito menos de dinheiro. Não preciso da certeza de vida, arrisco-me. O céu é lindo, o mar é como o ventre quentinho, nada mais que paz... nada mais que, paz.

Respondo a ti, para que não escutes:
- Eu quero um café, eu sempre quero um café!

...e foi assim, esses dias de outono, ah, mês de maio... um dia lindo. Amanheceu, o céu azul fez saltar meu coração. êxtaseTotal. Muita fome, intensas descobertas. De tardezinha foi esfriando, as folhas, aquele tom de madeira, aquele cheiro de partida, de adeus. O sol se pôs.


Imagem: Sombra do chapéu, beira rio...

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