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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Jamais

Não me esquecerei na inorganicidade dos sentimentos vis
Nem estragularei minha jugular, em nome de transitoriedades.

Consonatizar-me-ei em Minerva descamisada
Para fossilizar-me na história dos que desconheço.

Jamais faria um só ninho, para dele ser dependente
Desaninho, para cingir-me ao Universo, aos versos

Aos gritos.
- Seria o massacre da plutocracia!

Não deixarei minhas palavras ganharem tom de pó.
Mas que elas jamais deixem de ser fulgentes
Aos poucos ouvidos que também me resplandecem.

...

Não me esquecerei na inorganicidade dos sentimentos vis
Pois jamais poderei ignorar a correnteza da vida.