Páginas

terça-feira, 31 de maio de 2011

Não-evitáveis

Não importa o quão frio esteja, e está.
As faces que me habitam, nessa cálida vida
Faz do céu não ser mais uma ferida no meu peito
Como trovão gritando a beira-mar.
Da fuga entendo bem, tal como solitário
Sabe sobre o que é amar.
E fugindo do meu tempo, olho por entre
Os véus que encobrem o olhar do mundo
E vejo as mesmas feridas do céu a gritar.
A mais louvável alegria está na periferia
Do que se enxerga, e tão assim
Fazer de tudo muito mais que objeto.
Dessa alegria diz-se pequena e insignificante
Por que mais de um instante de nada
Para acalentar nossos corações?
Ah... eternidade que não existe, mas
Assombra os desejos de almas, e de tudo
Que vem de um berço de contradições.
Um desespero é inevitável
Como chuvas no verão, como esse frio
Como os raios e os trovões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário