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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quando eu descobri ser triste

Quando eu descobri ser triste em minha profunda essência descobri também que já tinha descoberto isso algumas vezes, mas nunca imaginei ser essência. Meu sorriso expressa apenas lapsos de qualquer coisa que socialmente me é pedido, mas quando eu sorrio, sorrio e mais nada, continuo oca, vazia e fria: triste, sem pretensões de deixar de ser triste. Quando estou sozinha, e olho profundamente meus olhos no espelho, consigo sentir a imensidão de um ser que vive por conveniência, que vive para coisas e coisas que não tem nenhuma relação com fazer-me bem ou fazer-me mal... nem bem e nem mal, e os dois ao mesmo tempo. Hoje estive pensando sobre como estou sozinha, sozinha. Ando nas ruas, ocupo meus dias e minha vida, e faço tudo sozinha. Sem deus, sem amor, eu inteira... não tem metade para mim, nem pra ninguém, eu só descobri e aceitei. Ando de preto, ando carregada de livros, ando pensando no planeta, nas pessoas, no poder, só não ando pensando em você, nem em você, quem dirá em você. Tenho amigos e tenho inimigos: mas aqui dentro, não tenho ninguém. Entendo o mundo como o diabo entende do inferno, na minha vida, só sinto falta de não ser sozinha no inverno.

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