Páginas

sábado, 3 de maio de 2014

Quando escurecem-se os olhos

Emudece o poeta quando falta amor
Escurecem-se seus olhos num temor
Numa solidão silenciosa e oculta.
Interpõe-se ao minguado ser
Uma boemia cuja seiva desejada
Passa calada entre goles de cachaça.
Anoitece em lua nova perro indivíduo
Que na bocada do nada quer transformar
Certas coisas do seu destino.
Os olhos escurecidos
Os são por que nem eles são capazes de saber
Qualquer coisa sobre o destino.
E agora amor que falta cachaça que sobra.
Um labirinto representaria a vida,
E tudo mais nada é no instante em que
A incerteza e a insignificância
Traduzem o coração de uma mulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário