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domingo, 5 de setembro de 2010

Dá-me um copo d’água: Homenagem Híbrida

Não precisa trazer, pode deixar que eu pego... é pouco que beberei, haja vista o tamanho do rio. Apenas um ou dois tragos e um pouco de vinho, ou nem isso. Um pouco de solidão, ou muita, ou nenhuma. Depois de Adorno e Horkheimer não quero mais nada que se assemelhe a sensação de ouvir Jazz, mas ouço Coltrane. Peço ao destino tudo que é proibido, dentro do aconchego de minh’alma. Calma, bebe pouco que a vida só precisa de um copo d’água – por dia. Serve-te, donzela; ouvi dizer de tua sede a la grega - justa-medida. E mais: Não mais repita que não há nada de protestante em você, ah... prova de que somos uma só: Ouvindo Coltrane... Susto: de uma das garrafas já não necessito, não tem quem agüente atuar em todos os palcos, um ou outro já me fazem agir por demais. Ah, vício(s), nada importa quando se deseja a fuga, o transe da sedução, rosas vermelhas, maças suculentas, câmera, luzes: ação! Dança proibida dos protagonistas anônimos, escondemo-nos – E disso Innocenza nunca fala – sarcasmo, risos dos quais me enojo... Será?

Primeiro depoimento de sra. Innocenza P.; julgada por homicídio culposo:

- Juro! Eu estava em casa na noite passada.

PS: A partir de relatos de amigos e familiares da senhora Innocenza P. descobrimos que esta sofre de ceticismo, inaceitável pela justiça e pela lei.

Assim decide o tribunal: Senhora Innocenza P. sofrerá a pena de não mais beber... água (apenas um copo por dia).


Homena(imã)gem a Andrei Tarkovsky - janela atlântica, um sopro de cores.

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